sábado, 1 de dezembro de 2012

Meu querido, meu velho, meu amigo!


Meu querido, meu velho, meu amigo!

“Esses seus cabelos brancos, bonitos, esse olhar cansado, profundo
Me dizendo coisas, num grito, me ensinando tanto do mundo...
E esses passos lentos, de agora, caminhando sempre comigo,
Já correram tanto na vida,
Meu querido, meu velho, meu amigo
Sua vida cheia de histórias e essas rugas marcadas pelo tempo,
Lembranças de antigas vitórias ou lágrimas choradas, ao vento...” _Esse é o início dessa famosa canção de Roberto Carlos que emocionou e emociona ainda a quantos se dispõem a perceber a grande verdade e emoção nela contida. O devido valor a experiência de vida é algo que muitas vezes deixamos de lado, como se apenas aquilo que é novo tivesse importância. Parece que no mundo não há mais lugar para a serenidade, simplicidade e sabedoria dos mais velhos.
Dedicamos muitas vezes um enorme tempo para admirarmos e engrandecermos os famosos, como atores, cantores, jogadores de futebol, líderes religiosos , cientistas e tantos outros no mundo, muitas vezes distantes da nossa realidade.Não que os valorizar seja algo indevido, até bem pelo contrário, é algo positivo e que demonstra nossa alegria pelo sucesso e qualidades que possuem.Mas e os nossos verdadeiros heróis, os heróis de família ,aqueles que há mais tempo estão enfrentando todas as dificuldades para nos legar um mundo melhor?Será que estamos dando a eles a atenção e o justo valor que merecem?             
        Com certeza temos grandes sábios em nossa família, temos religiosos de espiritualidade elevada, temos atores que nos encantam com suas histórias, temos cientistas da prática do dia a dia, temos jogadores e até treinadores que nos ensinam a driblar e a nos posicionarmos para enfrentar os problemas no campo de nossos desafios. Qual neto não aprendeu com sua avó uma oração?Qual avô nunca contou uma bela história antiga de seus tempos idos?Qual tio não ensinou uma descoberta pessoal, ou sua técnica de trabalho ao sobrinho?Qual pai ou mãe nunca deu um conselho útil ao seu filho?  Em nossa inexperiência muitas vezes deixamos de lado aqueles que realmente querem o nosso bem, aqueles que têm muito a nos ensinar, aqueles que nos dedicaram amor, tempo, atenção, lições para que não soframos o que eles sofreram no passado. A canção de Roberto continua mais adiante:_Olhando seus cabelos, tão bonitos, beijo suas mãos e digo meu querido, meu velho, meu amigo. Quantas vezes beijamos as mãos de “nossos amigos e queridos velhos”?Essas mãos que tanto trabalharam por nós. Que ajudaram a moldar um mundo e um tempo melhor para nós hoje. Mãos enrugadas e calejadas herdadas de um tempo mais rude. Ainda há tempo, beijemos suas mãos ainda hoje, celebremos a vida deles, escutando suas histórias, suas experiências e agradecendo por tudo que fizeram e ainda fazem por nós. Aos que já foram desse mundo também nossas orações e agradecimentos sinceros.

Algol

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